Princípios Da Alimentação Macrobiótica
1 – Não comer comida industrializada, especialmente a que foi processada artificialmente ou importada de sítios longínquos. O mercado alimentar que proporciona todos os produtos perto de casa viola a ordem do universo e consequentemente a nossa saúde. Não comer fruta, pelo menos durante uns meses, Oshawa falava numa maçã por mês. Os orientais defendem a ideia de que todos os alimentos que têm uma energia em direcção à terra, isto é, que caem em direcção à terra, proporcionam uma vida acidentada e cheia de problemas a quem os come.
2 – Não usar açúcar branco ou qualquer outro tipo de hidratos de carbono simples, sejam eles açúcares castanhos, amarelos, verdes ou encarnados. Eliminar todas as bebidas e comidas açúcaradas. Esquecer melaços, edulcorantes e tudo o que acaba em ose. Sejam exigentes, informem-se sobre o açúcar, deixo aqui algumas pistas: papel da OMS nos jogos de poder; “o livro negro do açúcar” está disponível em PDF na internet, mais uma serie de sites que explicam bem os seus malefícios e que o relacionam como um dos principais responsáveis da degeneração da espécie humana.
3 – Consumir a quantidade de água necessária à nossa existência. O nosso corpo contem 75% de água, mas normalmente contem mais 10%. É indispensável eliminar estes 10%.
4 – Evitar ao máximo o consumo de animais e produtos lácteos. Não existem razões que justifiquem que o homem consuma o leite de um animal biológica e intelectualmente inferior. Como é possível sermos o único mamífero que ingere leite após a idade adulta!?
5 – A nossa alimentação devia ser de 60% a 70% de cereais e 20% a 25% de vegetais preparados macrobioticamente.
6 – Usar óleo não refinado de pressão a frio, de preferência óleo de sésamo, mais yang do que o azeite, que é proveniente de um fruto mais Yin.
7 – Mastigar a comida. De certeza que todas as pessoas se lembram que, quando éramos crianças, a primeira coisa que aprendíamos era a mastigar os alimentos. Hoje em dia vivemos na era dos preguiçosos, que até para mastigar têm medo de se cansar. A refeição não é mais de que uma corrida em direcção ao prémio do mais rápido. Pensando bem, nunca vi ninguém ganhar nada, além de uma indisposição.
Os alimentos devem ser mastigados ferozmente pelo menos 60 vezes. Sem esta transformação fisiológica da comida, é difícil entender a filosofia e o lado técnico da Macrobiótica.
800 calorias são suficientes para a maioria das pessoas. Hoje em dia consome-se bastante mais de 2000 com repercussões sérias ao nível de saúde e bem-estar. Nenhuma pessoa fica doente por comer pouco e respeitando os princípios em cima descritos. A maior parte das pessoas alimentam-se de uma forma desequilibrada, forçando o organismo a atingir os seus limites, até adoecer. As refeições são actos de promoção de vida, não de morte, são actos preciosos e sagrados. Toda a comida deve ser ingerida conscientemente, com reconhecimento e gratidão. Comer sem mastigar é passar ao lado da magnífica experiencia que é a alimentação. Comer alimentos mastigados ou moles é passar ao lado da promoção do sabor por parte das papilas gustativas. Façam uma experiencia para ver se o alimento é realmente bom, mastiguem uma porção mais de 150 vezes, se o sabor for gradualmente aumentando, é porque o alimento é divino, se for gradualmente diminuindo é porque não é bom para a saúde.
98% dos alimentos consumidos têm sabores instantâneos divinos, mas ao serem bem mastigados tornam-se enjoativos.
Texto baseado no livro ‘7 Diet’, de Françoise Riviere
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