THE RICE EXPERIENCE

let food be the medicine

Archive for the ‘Doenças’ Category

Hiperactividade Origina Graves Dificuldades De Aprendizagem

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HAPPY-CHILDREN2Se te sentires inseguro a subir a uma escada, agarras-te ao corrimão para te apoiares. O mesmo acontece com uma criança hiperactiva em relação à escolha dos melhores alimentos que promovem o equilíbrio da sua química cerebral. A Hiperactividade provoca problemas de concentração, torna as crianças impulsivas, descontroladas. As que mudam para uma dieta equilibrada, descobrem uma nova forma de viver.

Em alguns casos, identificar as intolerâncias alimentares removendo-as da dieta, eliminam a Hiperactividade. Pelo menos, proporcionar uma dieta saudável é a melhor forma de tratarmos dos que amamos e de nós próprios. De seguida mostraremos os alimentos que devemos evitar, assim como os que ajudam a tratar este problema.

Uma coisa é querermos dar a melhor dieta aos nossos filhos, a outra é termos sucesso ao fazê-lo. A melhor forma de melhorar a dieta do seu filho é participar e mudar a sua dieta também. Isto requer uma selecção mais cuidada dos produtos a comprar. Não faz sentido a criança comer uma coisa e os pais continuarem com a sua alimentação antiga. O que faz mal à criança faz mal aos pais, até porque é injusto para a criança se sentir excluída. Esta mudança pode ser feita de forma a possibilitar à criança participar na concepção dos pratos: poderá ajudar a dar vida e a aguçar o apetite.

Alimentos recomendádos:
Gorduras saudáveis: as gorduras são de extrema importância para o bem-estar físico e mental porque saciam. Boas fontes de omega3 (óleo de fígado de bacalhau orgânico, ovos biológicos, salmão de alto mar, sardinhas, carapaus, procurar sempre peixes de alto mar), manteiga ou óleo de coco bio, queijo de cabra bio, manteiga de vaca sem sal bio, azeite de 1ª pressão a frio bio. Não use óleo de canola, soja, girassol ou de milho.

Proteína: Peixe de alto mar (4x por semana), ovos bio (1x por semana), carne bio em moderação (2x semana), grãos, feijão azuki, feijão manteiga/branco/preto/frade. Atenção que os feijões carecem de cozedura feita em casa, visto que a alternativa já cozinhada e embalada está cheia de químicos e conservantes e não é aconselhável.

Vegetais: De forma a tornar a alimentação divertida, use vários vegetais cozinhados de diversas maneiras. Dê ênfase ao agrião, nabiça, grelo, cenoura, nabo, batata-doce, feijão verde, cebola, brócolos, couve-flor, abóbora, cebolinha, beldroegas, couve coração, couve portuguesa, aipo, salsa, coentros, endro, cogumelo shitake.

Minerais: Não subestime o poder nutritivo dos vegetais aquáticos. As algas são super ricas em vitaminas, minerais e proteínas. E existem na costa portuguesa, não servindo de desculpa para quem o classifica como alimento oriental.

Cereais Integrais: Existem dois tipos de hidratos: os simples e os complexos. É pena ainda existirem nutricionistas que não percebam a diferença entre eles. Os simples são desnutridos de vida, super processados. Estamos a falar do açúcar, seja ele de que cor for. Desmineralizam, destroem a flora intestinal, sobrecarregam rins e fígado, assim como esgotam o oxigénio do corpo. Enfim, se é mau demais a sua existência, muito pior é o seu consumo. Dão uma energia rápida, provocando dependência física e psicológica. Quando falamos dos complexos estamos a falar dos cereais na sua versão mais genuína, como por exemplo e por ordem de importância: arroz integral, millet, trigo sarraceno, cevada, centeio, amaranto, boulgur. Promovem o bem-estar físico, são digeridos de uma forma calma, proporcionando relaxamento, maior capacidade de concentração, assim como maior capacidade de lidar com as adversidades da vida. Dão uma energia menos explosiva do que os hidratos simples, mas muito mais duradoura e fluida.

Alimento a excluir:
1 –Açúcar – quer seja do açucareiro, quer seja de produtos processados. Para percebemos do que estamos a falar, até o presunto do Continente tem açúcar. Talvez seja a hora de começar a vasculhar os nomes dos ingredientes.

2 – Açúcares artificiais – presentes nos produtos light e diet, são eles o aspartame, os edulcorantes.

3 – Alimentos com aditivos, conservantes e colorantes – Quase todos os nomes estranhos que aparecem na lista dos ingredientes são provenientes desta categoria.

4 – Estimulantes/Refrigerantes – Todos os que não dizem 100% sumo de fruta.

5 – Químicos – são todos os nomes esquisitos que não entram na categoria 3.

6 – Gorduras hidrogenadas (margarinas e manteigas), Trans-Saturadas (fastfood, congelados), óleos refinados (bolachas e snacks doces que as crianças adoram).

7 – Leite e Lacticínios provenientes da vaca.

Baseado num artigo de Rebecca Wood

Não tenhas medo da mudança. Sabes melhor que ninguém de que as transformações mais profundas e complicadas são as que trazem maiores frutos. A perseverança e a rotina facilitam a criação de hábitos. O que hoje é complicado, amanhã torna-se simples. Nada como sermos nós a tratar de nós.

Written by thericeexperience

Janeiro 21, 2014 at 2:39 pm

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Naboru Muramoto, Ulcera Gástrica – Caso De Estudo

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kuzu-drawingNo Japão, uma senhora de 39 anos com uma Ulcera Gástrica, veio ter comigo após ter visitado o hospital. Disseram-lhe que precisava de ser operada três dias depois. Relutante sobre o violento tratamento a senhora procurou a minha ajuda. Naquelas circunstâncias eu precisava de fazer alguma coisa rápida e eficaz, sorte a senhora estar disponível cheia de vontade de cooperar. Restringi a sua dieta e dei-lhe um chá de umeboshi-shoyu-gengibre-banchá. A umeboshi estimula a produção de saliva e a saliva é bastante alcalina. Ajuda a neutralizar o excesso de acidez estomacal que é a causa do aparecimento da Ulcera. Receitei também chá de 3 anos três vezes ao dia e arroz integral temperado com umeboshi uma hora depois do chá. Este prato é de fácil digestão e alcaliniza.
O tratamento foi imediatamente eficaz. No dia seguinte a senhora já se sentia melhor. Cancelou a operação e rapidamente curou a Ulcera.

Written by thericeexperience

Setembro 19, 2013 at 5:52 pm

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Leite, Compromisso Degenerativo

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milk-into-glassDa minha experiência com mais de 1000 doentes nos últimos anos, cheguei à  conclusão que os lacticínios são o alimento mais nocivo da dieta Norte  Americana. Não me canso de dizer aos meus pacientes que o leite materno é para os bebés e o leite de vaca para os bezerros. Nós não parecemos,  não pensamos, não crescemos, não nos portamos como vacas, então para quê beber o seu leite?

A introdução do leite de vaca na alimentação de uma criança provoca uma série de problemas como cólicas e diarreias.

Porque é que falhamos na observação deste “pormenor”? Na fase de crescimento  de uma criança que consome produtos lácteos poderão surgir: problemas  respiratórios, amigdalites, gripes, congestão nasal crónica, ranho no  nariz, otites e asma. Assim como, dores de cabeça, insónia ou  hiperactividade. Os pais assumem a existência de alergias ignorando o  facto de que pode estar relacionado com a alimentação.

Com o crescimento da criança, o uso continuado de lacticínios poderá  provocar o aparecimento de problemas de pele como eczemas e, no caso das raparigas, ciclos de menstruação irregulares acompanhado de dores  fortes. A criança pode-se sentir cansada, sonolenta, com peso a mais e  apresentar manchas escuras debaixo dos olhos. Os sintomas vão-se  alterando com o tempo mas o efeito do consumo continuado de lacticínios provocará vários problemas ao longo da vida.

Os problemas comuns relacionados com o consumo de lacticínios são  sinusite, enxaquecas, otites, sonolência, tosse, tudo sintomas que  surgem mais à noite ou ao acordar. No sexo feminino, assistimos ainda a  sintomas como extra sensibilidade no peito, descargas vaginais, quistos nos ovários, fadiga, cancro da mama, etc.

As dores de estômago foram rotuladas pelos médicos como Sindroma do Cólon  Irritado. Os doentes pensam que é uma doença, enquanto os médicos  arranjaram um nome para justificar um sintoma do qual não sabem a  origem, tratando-o com medicamentos. A eliminação dos produtos lácteos  ajudam a curar estes sintomas.

Texto da Dr.ª Helen V. Farrel, retirado do livro “Doctors look at Macrobiotics”

Written by thericeexperience

Julho 11, 2013 at 11:57 am

Dados Cientificos Sobre Os Problemas De Dentes

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Dr. Weston Price, um dentista que investigou intensivamente a saúde dentária dos povos ancestrais, primitivos e modernos e a sua relação com a dieta, observou que das 1276 caveiras dos índios peruvianos nenhuma tinha deformações na arcada dentária. Em comparação, 75% dos Americanos estudados exibiam cáries, má formação do maxilar e arcada dentária. Dos dados recolhidos, 100% dos índios primitivos não apresentavam sinais de cáries ou de deformações dentárias.

pullingteeth

O estudo, exaustivamente documentado por Dr. Price, inclusive com fotografias do “antes e depois” do aparecimento da civilização, demonstra o que os viajantes antigos e modernos testemunharam que, as pessoas que viveram de uma forma regrada, respeitando os ciclos da natureza e as tradições, encontravam-se em muito melhor estado de saúde do que as populações dos dias de hoje . Tradicionalmente, as dietas locais estavam livres de “alimentos processados” como o açúcar, vegetais de lata, produtos com farinha branca, permitindo às populações uma melhor qualidade de vida, com poucas doenças. A partir do momento em que as comidas processadas passaram a fazer parte das dietas das tribos, os problemas de saúde surgiram de imediato. Problemas dentários, tuberculose, crianças deficientes ou infertilidade são os primeiros sintomas. Estes problemas de saúde surgem mesmo que se mantenham o resto dos hábitos tradicionais dos povos. Não são hereditários, porque atingem pais e filhos.

Dr Price concluiu também que as dietas desequilibradas que provoquem problemas de saúde podem ser revertidas de uma geração para a outra. Sempre que os povos primitivos optaram pelo consumo de comida processada, enfraqueceram. Voltando há sua alimentação original, conseguiram restabelecer o seu estado de saúde, ficando mais saudáveis e mais fortes.

Estudos feitos às populações e às suas dietas tradicionais, que lhes permitiram gozar de boa longevidade e qualidade de vida, revelam alguns elementos nutricionais comuns. Testes laboratoriais demonstram que, apesar de bastante diversificadas, todas as dietas são baixas em calorias, proteínas, gorduras e ricas em hidratos de carbono complexos (ex: cereais integrais na sua versão integral), em tudo diferente das dietas praticadas pelo Homem nos dias de hoje. Estas conclusões dão que pensar….

Written by thericeexperience

Maio 6, 2013 at 4:58 pm

Dores De Cabeça

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migraines-smokingAs dores de cabeça são uma das doenças mais frequentes no homem. Os sintomas variam desde as dores mais fortes às mais fracas. Podem ser dores gerais ou localizadas dependendo da zona da cabeça. Podem ser intermitentes, constantes, a parecer que nos estão a bater com um martelo ou a pressionar a cabeça. Existem as ocasionais e as crónicas.

De acordo com o livro “Symptomes, The complete Home Medical Encyclopedia”, existem cerca de 150 químicos que podem provocar dores de cabeça. Alguns exemplos são: fumos de todos os tipos, álcool, amoníaco, barbitúricos, benzina, gasolina, querosene, morfina, ópio, elevadas doses de vitamina A e D, excessiva dose de esteroides, etc. Existem outros tipos de factores, como tensão, trabalho exaustivo, ansiedade, depressão, insónia, mudanças hormonais, reacções alérgicas, etc.

Não há dúvida de que os factores acima descritos, são os responsáveis pela ocorrência deste problema. De acordo com a Macrobiótica, estes agentes provocam uma diminuição dos níveis de oxigénio nas células nervosas do corpo e do cérebro. Uma dieta rica em gorduras e produtos animais leva à contracção das arterias e veias, e uma dieta rica em açúcares pode provocar uma expansão das mesmas. A contracção e expansão das artérias e veias são provocadas por uma dieta sustentada por alimentos ácidos, os quais reduzem os níveis de oxigénio nas células e provocam dores de cabeça.

Baseado no livro “Natural healing: from head to toe”, de Cornellia Aihara e Herman Aihara

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Dezembro 19, 2012 at 8:34 pm

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Desequilíbrios Emocionais, Depressões e Ansiedades

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Naturalmente, quando escolhemos os alimentos através de reacções emotivas, escolhemos alimentos isentos de vida, processados, alimentos que não suportam a nossa saúde, que nos desequilibram, que destabilizam a nossa paz de espírito. Uma pessoa que sofra de depressão pode escolher comer uma caixa de gelado, enquanto que uma pessoa ressentida e furiosa pode escolher comida processada, rica em gorduras Transaturadas: pizza, hamburgers, galinha frita e outros produtos das cadeias de junk food.

Consegues-te recordar de alturas em que te sentiste emocionalmente instável e ao mesmo tempo com fome, em que preparas-te uma refeição saudável, equilibrada? Eu acho que isso nunca deve ter acontecido. Simplesmente não acontece dessa forma, mesmo que seja a melhor coisa a fazer. Infelizmente não é dessa forma que nós alimentamos as nossas emoções.

Quando te sentes deprimido/furioso e escolhes alimentos pouco nutritivos, estás simplesmente a escolher alimentos que recriam e perpetuam esses desequilíbrios emocionais gravando-os no teu organismo. Quando o repetes vezes e vezes sem conta, como um risco num disco de vinil, pode levar ao padrão de comportamento conhecido como vicio/adição.

Esse vicio/adição conduz-te, sistematicamente para alimentos pouco nutritivos. Esta reacção inconsciente, advém do simples facto de que as experiencias emocionais são desgastantes levando-nos há exaustão. A reacção a este estado tem como objectivo, recarregar e restabelecer a nossa insatisfação com um alimento favorito. Mas as escolhas alimentares reactivas, não só suportam o nosso fraco estado emocional, como também preparam a mente para mais reacções que agravam todo este processo.

Da próxima vez que te sentires deprimido/furioso, experimenta comer pouca quantidade de cereais integrais com vegetais, fazer exercícios de respiração, exercício físico e observa o que acontece.

Se verificares que cada vez que tiveres nesse estado, a tua obsessão por comidas processadas for incontrolável, toma consciência que te encontras descontrolado ao nível da alimentação. Se acontecer, dificilmente vais conseguir-te nutrir. Comer uma caixa de gelado quando te sentires deprimido, não te vai nutrir, nem inspirar, nem curar a tua depressão. Por outro lado, vai alimentar e aumentar ainda mais o teu débil estado.

A essência de te tornares proactivo em relação ás tuas escolhas alimentares, será simplesmente, “escolheres mesmo” a tua comida. Não deixas que a comida te escolha, nem que te controle, e não subestimes o poder dos alimentos, porque se o deixares, vai controlar-te e destruir-te.

Baseado no livro de Steve Gagné “Food Energetics”

Entendemos por alimentos processados, todo o tipo de alimentos naturais ou não, que sofreram um processo de transformação industrial. Incluem todo o tipo de bebidas. Independentemente de onde fazemos as nossas compras, Hipermercados, Lojas de Produtos Naturais, etc., os produtos processados encontram-se na sua maioria embalados.

Written by thericeexperience

Novembro 2, 2012 at 11:57 am

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A Febre e os Malefícios das Aspirinas e Antibióticos

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Há centenas de anos, um aumento da temperatura do corpo era considerado benéfico, era como que um sintoma de aceleramento do processo de cura, sinal de que o percurso necessário ao desaparecimento da doença já tinha começado. Mas nos últimos oitenta anos, a medicina convencional tem vindo a insistir que a febre não faz parte do processo de cura, mas sim que a febre é a doença.

Felizmente que a ciência está suficientemente sofisticada, para descobrir e confirmar através do método cientifico a sabedoria desenvolvida pelos ancestrais, através dos sonhos, visões e intuição. Foi descoberto recentemente que as bactérias não conseguem sobreviver a temperaturas febris e que o ferro e o zinco armazenado – necessário ás bactérias para crescer – baixam durante a febre. Durante a febre as bactérias são aniquiladas. Em vez de ser vista como um inimigo, a febre deve ser vista como um aliado no tratamento da doença.

Geralmente a febre começa nos intestinos e está associada ao consumo de proteínas animais, como a carne, galinha, ovos, e leite e seus derivados. Um excesso desta proteína, senão for movida suficientemente rápido nos intestinos, entra em putrefacção convidando as bactérias para a festa. As febres surgem com o objectivo de queimar a matéria putrificada, assim como as bactérias. Interromper o processo com aspirina ou antibióticos é matar os nossos próprios agentes de limpeza, quando a situação está bastante confusa. Como o trabalho não é concluído, todo o lixo é deixado para trás, incluindo os corpos das bactérias mortas, deixando uma herança de futuras doenças e infecções.

Cada infecção interrompida deixa matéria podre no nosso organismo. Futuras doenças que surjam com o objectivo de limpar essa matéria, vão sendo interrompidas criando um ambiente bacteriano em crescendo, acumulativo. Desta forma conseguimos perceber o porquê de ficarmos cada vez mais doentes á medida que vamos envelhecendo.

Cada vez que o corpo tenta limpar a casa, interrompemos o processo com medicação, sobrecarregando cada vez mais o nosso organismo, armazenando novamente a matéria em putrefacção.

O sistema imunitário, na ausência de espaço para arrumar estes desperdícios, procura outras zonas de acumulação. A partir deste ponto qualquer tipo de doença que se manifeste é perfeitamente compreensível.

Baseado no livro de AnneMarie Colbin “Food and Healing”

Written by thericeexperience

Julho 15, 2012 at 10:31 pm

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A Teoria Dos Germes, Vacinação E Antibióticos

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O higienista bávaro Max von Pettenkofer desenvolveu uma teoria sobre o papel crucial das condições climáticas e, sobretudo, telúricas (energia da terra) na activação ou inactividade dos germes da cólera. Segundo a Boden Theorie, teoria do solo, para que ocorresse uma epidemia, eram necessários quatro factores: além do germe específico, determinadas condições relativas ao lugar, ao tempo e aos indivíduos. Por si só, o germe não causava a doença, o que excluía o contágio directo, de pessoa a pessoa. A susceptibilidade individual era importante, mas ela e o germe, sozinhos, tampouco engendravam a doença. As condições de tempo e lugar eram indispensáveis para explicar tanto os contágios como as imunidades. As variáveis sazonais e locais agiam sobre o germe, que amadurecia e se transformava em matéria infectante por seu efeito. O veículo da transformação era o solo. Depositado aí com os dejectos dos doentes, o germe sofria uma maturação e adquiria a capacidade de provocar a doença ao reingressar no corpo humano.

Na Alemanha, em finais do séc.XVIII, Pettenkofer, feroz opositor da “Teoria dos Germes”, publicitava a higiene como uma filosofia de vida, defendendo a ideia de que além de água limpa e ar em abundância, contribuíam também para o bem estar das populações, a existência de árvores e flores. Persuadiu os governantes de Munique, a trazerem para a cidade água proveniente das montanhas circundantes, de forma a diluir os esgotos do rio Isar. Com esta medida, começou a grande limpeza da cidade, fazendo com que a taxa de mortalidade da Febre Tifóide cai-se de 72 milhões em 1880, para 14 milhões em 1898. Munique tornou-se uma das cidades europeias mais saudáveis, graças aos esforços de Pettenkofer. Sempre que foram tomadas medidas de cariz sanitário, as taxas de mortalidade das doenças contagiosas caíam brutalmente, contrariando a ideia da “Teoria dos Germes”, de que só depois de vacinação e recurso a antibióticos é que estas doenças foram controladas.

Baseado no livro de René Dúbios, “Mirage of Health”

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Fevereiro 5, 2012 at 10:25 am

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As Alergias Dos Alérgicos Ao Mundo

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Devíamos encarar as reacções alérgicas aos alimentos como uma simples mensagem do nosso corpo a classificá-los como inapropriados. As reacções a alimentos refinados, processados ou químicos são benéficas, porque ao danificar a nossa saúde, permitem-nos optar pelo não consumo.

Por esta altura, todos sabemos que a principal fonte de alergias vem do leite e dos seus derivados. Para evitar estas manifestações alérgicas, devemos deixar de os consumir. Caso o apego seja demasiado grande, sugerimos o consumo esporádico de leite de arroz ou aveia como substituto, até não ser necessário o consumo de qualquer leite. Ao contrário do divulgado, o leite de vaca não é juventude, não é necessário para se ter ossos fortes, não resolve o problema da osteoporose. É sim responsável pela maioria das doenças existentes neste planeta.

De qualquer forma, as alergias também decorrem de alimentos como o trigo, o milho, a soja e outros alimentos processados, deixando uma pergunta por responder. Porque será que estes produtos não são tolerados? Descobrimos que as pessoas que têm reacções alérgicas a certos alimentos, não são sempre alérgicos, mas sim reagem a pobres combinações alimentares. Em relação ao trigo, raramente combinamos o seu consumo com vegetais de folha verde, ou raízes. Esta é, sem dúvida, a melhor forma de os combinar. A maior parte das vezes é consumido sob a forma de pão, numa sanduíche, com queijo, carne ou manteiga de amendoim. Ao pequeno-almoço, é comido sob a forma de torrada com ovos e bacon. Os vegetarianos utilizam as manteigas provenientes de frutos secos e patês vegetais.

A maior parte dos cereais, sob a forma de semente, têm ácido fítico na casca. Este elemento tem a capacidade de aprisionar minerais importantes, tornando-os inassimiláveis pelo nosso organismo. Para evitar que aconteça podemos socar, demolhar, ou germinar os cereais. Desta forma, tornamos estes super alimentos em alimentos por excelência e diminuímos a probabilidade de provocar alergias.   

Todos os subprodutos provenientes dos cereais integrais, como por exemplo as farinhas, o arroz branco desnutrido, etc., devem ser consumidos na sua forma integral e nunca sob a forma de alimento processado. Processar o cereal desnutre e destrói a essência da sua existência. Corrompe por completo a natureza, incapacitando-a de nos proporcionar alimentos nutritivos.

As causas das alergias não são só alimentares. Nas últimas décadas temos verificado casos de hipersensibilidade a todo o tipo de substancias, como pelos de animais, pó, água, sol, etc. A um nível psicológico, estas reacções físicas podem estar também relacionadas com sentimentos de isolamento, separação, arrogância – incapacidade de aceitar o mundo. Fisiologicamente, representa fraca imunidade e mau funcionamento do fígado. O melhor remédio para as alergias será diminuir os sentimentos de separação, frustração, revolta, raiva, através de uma dieta alimentar ajustada, tendo por base os cereais, vegetais e algas. Desta forma o fígado tem a capacidade de se auto regenerar, reequilibrar, reajustar e recuperar as suas funções base, aniquiladas pelos os excessos passados.

Baseado no  livro “Doctors look at Macrobiotics” de Edward Esko

Written by thericeexperience

Janeiro 19, 2012 at 7:53 pm

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Fast Food Provoca Problemas de Obesidade

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Somos levados a pensar que assim que nos sentirmos cheios, a nossa vontade de comer e beber cessa, mas parece que a saciedade simplesmente não acontece dessa forma. Cientistas descobriram que as pessoas e animais, quando expostos a regimes de abundância, têm tendência para comer 30% a mais do que o necessário.

O apetite humano, é surpreendentemente elástico, que do ponto de vista evolucionário faz todo o sentido.

Era frequente o homem do paleolítico jejuar sempre que fosse necessário, desta forma criavam reservas de gorduras para fazer face a momentos de escassez de alimentos. Especialistas em obesidade definem este fenómeno como “The Thrifty Gene”. Enquanto o gene representa uma adaptação muito útil num ambiente de falta de alimentos, é um desastre num ambiente de abundância de Fast Food, onde não se equaciona sequer a possibilidade remota de jejuar. Os nossos corpos estão a armazenar gordura para tempos de fome que simplesmente não acontecem.

Mas se a evolução deixou o omnívoro moderno vulnerável a acumulação de gordura da Fast Food, os nutrientes que ele encontra nestas refeições – cheias de gordura e açúcar – tornam este problema ainda mais grave.

A selecção natural levou-nos a estabelecer a gordura e açúcar como as nossas principais fontes de energia, de qualquer forma na natureza – nos alimentos integrais – é quase impossível encontrar estes nutrientes em concentrações tão elevadas como verificamos nos alimentos processados. Nunca iremos encontrar uma quantidade tão elevada de frutose numa fruta, como numa soda, ou um pedaço de pele de animal com tanta gordura como os nuggets de galinha.

Desta forma percebemos porque é que os alimentos processados são uma boa estratégia para levar os consumidores a comerem cada vez mais. O poder da ciência e da tecnologia alimentar tem a capacidade de quebrar os alimentos naturais, juntando-os de diferentes formas com elementos químicos, enganando a capacidade do omnívoro em optar por um sistema alimentar próximos dos seus antepassados. Basta para isso juntar mais gordura e açúcar que o sabor melhora.

Os modernos sistemas alimentares mentem ao fornecerem-nos grandes quantidades de energia – através das gorduras e açucares – enganando a nossa capacidade sensorial, ao ponto de desejarmos cada vez menos alimentos integrais

Baseado no livro de Michael Pollan “Omnivore´s Dilemma”

Written by thericeexperience

Dezembro 14, 2011 at 9:40 pm

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