Os Melhores Restaurantes vs Comida Caseira
Gourmet, Tailandês, Nepalês, Pizzeria, Buffets, Sushi, Chinês, Molecular, Tradicional, Marisqueiras, Tascas, Japonês, Vegetariano. Só falta mesmo um restaurante crudivoro.
Após a escolha do consumidor alvo, os restaurantes preocupam-se apenas com o sabor da comida. Quanto mais intenso e marcante melhor. Não há critério na escolha dos meios que ‘injustificam’ os fins. As razões que nos levam a gastar parte do nosso curto salário, e a ginástica orçamental que fazemos para não abdicarmos deste luxo, é uma batalha que travamos para saciar os impulsos alimentares, mesmo sabendo que comer em casa tem mais qualidade e é muito mais barato.
O principio invisível do “quero ser surpreendido” garantem-nos pelo menos duas horas de glória, que acabam assim que chega a conta. Normalmente concluímos que comemos bem, mas a voz da consciência questiona o valor monetário da “conta”. Mesmo assim, a procura desesperada pelo hype do próximo restaurante leva-nos a acreditar que somos todos escravos de novos sabores. É inevitável que durante o dia, a nossa imaginação desperte o desejo de novos paladares, alimentos e bebidas.
Somos guiados por uma vontade obsessiva de comer algo que tape esta ansiedade ‘mental’ do sabor. Temos tendência a procurar sabores cada vez mais intensos, cada vez mais fortes. É como se o nosso “Buffer” estivesse sempre a aumentar, incansável de ser saciado por algo “diferente”.
Combinar alimentos naturais em casa e produzir sabores similares aos restaurantes Gourmet, não é possível. A quantidade de molhos que estes cozinheiros utilizam para cozinhar é assustadora. Viajar pelo mundo em busca dos molhos mais químicos e das combinações mais esquisitas de alimentos, fará de mim um cozinheiro Gourmet? Parecemos rendidos à sua arte, mas realmente onde se esconde a arte num cozinheiro que utiliza molhos cheios de estabilizantes, reguladores, açúcar, essências químicas, edulcorantes, xaropes, vinagres etc.?
O Sushi, aparentemente saudável, tornou-se uma moda que virou epidemia. Além de destruir os ecossistemas marinhos, através da pesca compulsiva do Atum, utiliza arroz branco desnutrido cozinhado com açúcar, vinagre e acido acéptico, com molho de soja químico com açúcar- ingredientes que desmineralizam e intoxicam o nosso organismo.
Os químicos alimentares, impulsionadores de sabores, criam desequilíbrios graves, colocando em risco a homeostasia do nosso organismo. Um alimento com químicos, a partir do momento em que é consumido, é assimilado de forma deficiente. Os nossos órgãos não têm capacidade de o desmantelar, assimilar e libertar. Esses químicos acumulam-se no nosso corpo, ao longo da nossa existência, provocando problemas de saúde.
Toda esta realidade gastronómica química invade as nossas casas. Criamos o imaginário de Chef da nossa cozinha, do nosso mundo. Encarnamos a personagem de Oliver ou Anthony Bourdain. Deixamo-nos levar pela fantasia gastronómica proporcionada por estes cozinheiros mágicos e, de invenção em invenção, acabamos a colocar açúcar para cozinhar o jantar.
O desafio da cozinha que procuramos, não é com muito cozinhar alimentos pouco nutritivos, quimicamente saborosos, mas antes, com pouco, cozinhar alimentos nutritivos e naturalmente saborosos, devidamente assimiláveis pelo nosso organismo. O segredo da cozinha que promovemos está na simplicidade e não na complexidade.
Texto ‘The Rice Experience’
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