Archive for the ‘Alimentação Natural’ Category
Propriedades Térmicas Dos Alimentos
Quando consumidos, os alimentos provocam: calor, frio, ou neutralidade de temperatura. Estas observações e pesquisas ajudaram a formar a fitoterapia ligada á medicina no tempo dos Persas até ao séc17. Tem permanecido e considerado sabedoria ancestral para a medicina chinesa e medicina ayurveda.
Enquanto todos estão de acordo que o alho aquece e a melancia esfria, as excepções crescem, como resultado dos paradigmas de cada modelo. Por exemplo, na medicina chinesa o rabanete tem tendência a esfriar. Na medicina ayurveda, os rabanetes aumentam o agni, ou fogo digestivo, sendo considerados alimentos que aquecem. Ambos estão correctos no seu contexto. De forma a ter consistência, eu sigo a medicina chinesa, no que respeita a avaliação das propriedades térmicas dos alimentos.
Aqui estão algumas regras que ajudam a perceber melhor as propriedades térmicas dos alimentos:
1 – Os alimentos que demoram mais a crescer, como a couve e a abóbora, são mais quentes do que os alimentos que crescem rápido, como a alface e courgette.
2 – Um alimento é mais frio se for comido cru, do que o cozinhado.
3 – Alimentos que estão no frigorífico ou sujeitos a temperaturas frias provocam mais frio do que os alimentos que se encontram á temperatura ambiente.
4 – Alimentos azuis, verdes ou púrpura, são mais frios do que os alimentos similares da cor vermelha, laranja ou amarela. Uma lima esfria mais do que um limão.
5 – Cozinhar um alimento durante mais tempo, com mais óleo e gordura, menos água, maior pressão, ou em temperaturas mais altas, tornam esses alimentos mais quentes.
6 – Alimentos cozinhados com gás ou madeira tornam os alimentos mais quentes do que os cozinhados com electricidade. O micro-ondas ainda conserva menos calor do que a electricidade.
7 – Alimentos tropicais e subtropicais provocam mais frio do que alimentos cultivados em zonas temperadas.
Traduzido de um livro de Rebecca Wood “The New Whole Foods Encyclopedia”
E que tal dares um Boost a uma condição excessivamente ácida?
Existem muitas formas de contrariar uma condição excessivamente ácida, que são mais fáceis para o corpo do que tomar bicarbonato de sódio. Uma delas é comer algas salgadas e produtos feitos com sal de mar, em vez do sal comercial purificado. O sal marinho contém cálcio, potássio e magnésio, além de sódio e muitos elementos traço. Os produtos feitos com sal marinho como o miso, molho de soja, e ameixa umeboshi, são muito alcalinos e contrariam a condição ácida.
Todos os alimentos ricos em proteínas são acidificantes, contudo alguns são menos ácidos do que outros. Dos productos excessivamente ácidos para os menos ácidos, temos: carnes vermelhas – ovos – aves – peixe – produtos lácteos – cereais integrais e feijões – sementes e frutos secos. Uma dieta vegan com consumo limitado ou mesmo sem açúcares refinados, é uma excelente opção em termos de equilíbrio ácido e alcalino.
As algas têm muitos minerais e são extremamente alcalinas. O seu consumo regular é uma óptima forma de alcalinizar, incluindo vegetais frescos sem químicos. A maior parte da fruta é alcalina para pessoas que gozam de boa saúde, mas podem ser acidificantes para pessoas com o sistema imunitário fraco. O açúcar refinado e os produtos que o contêm são extremamente acidificantes, devendo ser evitados. A geleia de arroz integral ou de outro grão é um bom substituto.
Em conclusão, o uso diário de sal marinho integral em vez de sal purificado, um consumo maior de vegetais e outros alimentos alcalinos, reduzindo os alimentos mais acidificantes, é uma boa estratégia para contrariar uma condição extremamente ácida.
Traduzido de um texto de Carl Ferré
Reumatismo, Artrites, Artroses
Associamos o nome Reumatismo a dois tipos de manifestações agudas: as artrites e as artroses. Acredita-se que têm origem num vírus, mas cada vez mais se tem vindo a provar que as toxinas, resultantes da transformação de proteínas, que não são eliminadas pelos agentes neutralizadores que estão presentes na flora intestinal, encontram uma boa forma de proliferar nestas zonas que se encontram mais fracas.
O processo digestivo pode algumas vezes criar fermentações secundárias, necessárias na transformação dos elementos nutritivos. Estas fermentações secundárias acontecem quando a comida não é de boa qualidade, ou quando o fígado se sente incapaz de fazer o seu trabalho. Destas obstruções ao processo digestivo resultam substâncias venenosas, que surgem mesmo que se coma saudável, por exemplo, com o fato de se comer demais.
Para resolver este problema, a primeira coisa a fazer é não consumir qualquer tipo de alimentos que sejam ácidos. Carne, álcool, açúcar e alcalóides (café, cocaína), batatas, tomate, beringela, etc… Se a alimentação for baseada neste tipo de alimentos nocivos, é uma questão de tempo até acontecerem problemas de saúde graves. Depois de inflamadas as articulações e as zonas vizinhas (ossos, cartilagens e músculos) os cristais de urato de sódio, acido úrico e acido óxálico vão atacar os rins causando uma nefrite (inflamação dos rins) provocando lesões ou pedras nos rins.
A acumulação destas substâncias tóxicas, prejudicam o processo normal de eliminação do rim, causando danos nos seus filtros, originando albuminúria.
Traduzido do livro “Our earth our cure” de Raymond Dextreit
Alimentos Que Combatem A Radiação Excessiva
A radiação nuclear provoca uma intensa actividade dos radicais livres que quebram a estrutura básica de uma célula no corpo humano. Nada mais acelera o processo de envelhecimento corroendo a nossa saúde. Depois de Fukushima, é bom sabermos que existem alimentos específicos que nos protegem da mortífera radiação nuclear, que surge de forma silenciosa sem avisar, atingido as áreas mais remotas do nosso planeta.
Os densos nutrientes das algas (kelp, kombu, wakame e arame) têm boas quantidades de alginato de sódio, uma substância que extrai os radioisótopos do organismo. Por exemplo, o sistema digestivo não consegue absorver o alginato de sódio, que reage com o estrôncio-90 para formar alginato de estrôncio, um gel insolúvel, como o sal que é evacuado como desperdício pelo cólon. O alginato de sódio tem a capacidade de extrair partículas radioactivas de zonas bem profundas como tecidos e órgãos.
Um dos efeitos nocivos da radiação é a quebra de vitaminas. O nosso organismo necessita de alimentos ricos em nutrientes densos para substituir estas vitaminas de uma forma rápida. O pólen das abelhas é muito rico em nutrientes, só as algas estão ao mesmo nível. O pólen das abelhas tem provado ser bastante efectivo na recuperação, dos efeitos secundários da radiação proveniente de tratamentos médicos, por isso é provável que possa ser usado na radiação proveniente de fugas radioactivas.
As micro-algas, incluindo chlorella e espirulina, ajudam a remover as partículas radioactivas do organismo. O pessoal médico do Institute os Radiation Medicine em Minsk (republica da Bielorrússia) fizeram um teste onde davam 5 gramas de espirulina, diariamente a crianças vitimas de Chernobyl, depois do desastre. Mais tarde apresentaram uma pesquisa em que ficou provado que as micro-algas ajudaram no processo de desintoxicação radioactiva das crianças.
As cascas das maçãs orgânicas ajudam também a limpar o corpo da radiação. A fibra da pectina torna-se gelatinosa no sistema digestivo, como acontece com a alga agar-agar, deitando fora a radiação do corpo. Depois Chernobyl, as autoridades de saúde da Rússia estudaram o potencial curativo da pectina e descobriram que baixa os níveis de cesium-137 em crianças Ucranianas em 62%. A pectina da maçã pode ser comprada.
Texto de Steven Acuff
Nutrir A Fertilidade E Garantir Uma Boa Gestação
Um corpo fértil é um corpo equilibrado
O equilíbrio resulta, em muito, do estilo de vida. Opções saudáveis como dormir bem, saber respirar, comer com consciência, meditar, fazer exercício físico adequado e evitar uma vida tóxica como o consumo de drogas, excitantes, tabaco, stress, etc, são hábitos essenciais se queremos ser saudáveis e equilibrados.
Podemos optar por escolhas alimentares conscientes e adequadas à nossa condição. Regras chave são a escolha de alimentos integrais, locais, da época e produzidos de forma orgânica. Métodos culinários, combinações alimentares e adequação da dieta à condição a cada momento são aspectos igualmente importantes a ter em conta.
ALIMENTAÇÃO: FERTILIDADE E GESTAÇÃO
Antes dos anos 40, a manteiga, banha e gordura de galinha eram comuns nos hábitos alimentares de muitas culturas ocidentais. Óleos de milho, canola e soja não eram consumidos e a margarina não existia. As pessoas comiam muito menos açúcar e comidas pré-feitas, e os vegetais frescos abundavam à mesa. Os alimentos de hoje, grande parte produzidos de forma extensiva e pouco natural, contêm uma grande carga de fertilizantes, antibióticos e hormonas e são altamente processados. A alimentação tornou-se um acto prático da vida moderna, que resulta em desequilíbrios nutritivos com graves consequências para a saúde. A infertilidade é uma delas.
A escolha dos alimentos adequados antes, durante e após a gravidez vai não só potenciar a fertilidade antes da concepção, suportar o desenvolvimento do feto durante a gestação, e originar leite de qualidade superior durante os primeiros meses de vida do bebé, como também vai garantir a saúde e vitalidade dos pais, em particular da mãe.
Em algumas culturas tradicionais, os homens e as mulheres jovens comem alimentos especiais durante 6 meses antes de tentarem engravidar, sabendo que quando os pais são saudáveis, os filhos têm mais probabilidades de também o ser1.
1 Anexo 1: Lista de Alimentos Saudaveis
Há vários alimentos que nos ajudam a sintonizar com a energia da criação e fortalecem a energia da raiz e portanto potenciam a fertilidade. Numa analogia directa podemos considerar as raízes e tubérculos alimentos que nutrem directamente este tipo de energia. Batata-doce, inhame, raiz de lótus, bardana, nabos, cenouras, pastinaca, rutabaga, alhos, cebolas e beterrabas são alguns exemplos, especialmente benéficos nas estações mais frias do ano.
Raíz de espargo e feijão preto são alimentos terapêuticos para fertilidade.
Alimentos concentrados e ricos em gorduras saudáveis são particularmente benéficos para o equilíbrio hormonal da mulher e são especialmente importantes para o desenvolvimento do feto. Entre eles estão o azeite virgem extra, gorduras vegetais como o óleo de côco, pêra abacate, oleaginosas e gorduras saturadas de origem animal como a manteiga e a banha de animais de pasto orgânico. O óleo de fígado de bacalhau* é particularmente benéfico, antes e durante a gravidez, assim como outros alimentos ricos em óleos essênciais2.
*Óleo de fígado de bacalhau é um excelente complemento alimentar. Rico em Vit A e D, e ómega 3. Deve ser consumido numa dieta rica em fígados e órgãos de animais de pasto. ATENÇÃO: a proporção entre vit A e vit D deve ser 20,000 para 2,000, respectivamente.
2 Anexo 2: Alimentos ricos em Ácidos gordos
Outro alimento importante é o ovo de galinha de campo alimentada de pasto biológico e não com ração, milho, soja, etc. A gema do ovo é particularmente rica. Podem ser consumidas 2 gemas por dia, no mínimo. Claras, basta uma.
A manteiga é a rainha das gorduras, em especial se for de animais de pasto orgânico e não pasteurizada. Para quem é intolerante à proteína do leite, optar por ghee3.
3 Anexo 3: Manteiga clarificada
Leite e derivados, obtido de animais de pasto orgânico e de leite não pasteurizado são também alimentos importantes. Para aqueles que são intolerantes à lactose, consumir algas, vegetais de folha verde escura e caldos de ossos (ricos em cálcio).
Outro alimento chave para a gravidez (preparação, gestação e amamentação) é o consumo de fígados de animais de pasto orgânico.
O marisco, desde que garantidamente fresco, é um excelente alimento, assim como a carne, incluindo carne vermelha, desde que de animais de pasto orgânico e sempre consumida com a própria gordura (ajuda na digestão da proteína).
Óleos de peixe (sardinha, anchovas, carapaus, salmão selvagem) e banha (de animais de pasto orgânico) são óptimos complementos ao consumo de fígados. As espinhas dos peixes são excelentes fontes de cálcio.
O óleo de côco é uma gordura saturada de origem vegetal particularmente saudável.
Os caldos de ossos (ricos em minerais e gelatina animal) são essenciais, pois ajudam na digestão, contribuem para ossos e tendões fortes e protegem o trato digestivo. Para quem tem dificuldade em digerir proteína animal, consumi-la com gelatina natural (do próprio animal) ajuda a resolver esse problema.
É importante consumir alimentos ricos em folatos: fígados, leguminosas e vegetais de folha verde.
Bebidas e condimentos lacto-fermentados não pasteurizados, como chucrute, kimchi, kwass, kefir, iogurte, entre outros, são importantes alimentos a consumir, pelos benefícios ao nível digestivo (enzimas) e reforço imunitário que trazem.
Cereais integrais, leguminosas e oleaginosas garantem uma excelente nutrição. Vegetais e frutas frescas (orgânicas, locais e da época) são essenciais para uma alimentação equilibrada, e ajudam na digestão e assimilação de gorduras e alimentos densos como a manteiga, banha e proteína animal. As fibras vegetais são mais facilmente digeridas e assimiladas quando cozinhadas, assim como frutas ricas em pectina como maçãs, marmelos, peras, pêssegos e nectarinas. Já as bagas e frutas tropicais frescas providenciam enzimas que ajudam na digestão.
A qualidade do sal é muito importante. O sal é essencial à vida, entrando em inúmeros processos metabólicos. Devemos consumir sal integral (não refinado), sem adição de iodo. O sal da nossa costa é de grande qualidade e a Flor de sal uma excelente opção.
As Causas Físicas E Psicológicas Das Alergias
Nas últimas décadas, mais e mais pessoas têm sido diagnosticadas como hipersensíveis a um número inimaginável de substâncias. As reacções alérgicas ultrapassam a alimentação, pelo de animais, pó, água, sol, etc. De um ponto de vista psicológico, estas manifestações físicas que têm tendência a se agravar, podem estar relacionadas com sentimentos de isolamento, separação, família, mesmo arrogância – incapacidade de aceitar o mundo como ele é. Fisicamente, este factores representação um fraco sistema imunitário e um mau funcionamento geral do fígado, incapaz de identificar e digerir os antigenes. (De acordo com a medicina ancestral chinesa, a arrogância, a raiva, estão ligados ao mau funcionamento do fígado, considerado o centro das emoções.)
Talvez o melhor remédio para as alergias, seja, trabalhar de forma a promover mais integração e menos isolamento. Aliado a uma dieta simples, de elevada qualidade, o fígado terá mais hipóteses de se regenerar, de forma a recuperar a capacidade de lidar com toxinas. Para acelerar o processo, quaisquer alimentos ricos em clorofila: spirulina; nabiças, agrião, couves, salsa, alho aromático, trifólio, artemisia, devem ser consumidos. Os alimentos ricos em clorofila são muito importantes, porque fortalecem o sistema imunitário, tornando o nosso templo (corpo) capaz de combater qualquer infecção.
Traduzido do livro “Healing with Whole Foods” de Paul Pitchford
De Bebé A Adulto – A Importância Da Alimentação
No útero, o feto recebe energia para sobreviver através do sangue da mãe e outros nutrientes através da placenta. Longe da força original do esperma e do óvulo, a alimentação da mãe durante a gravidez tem uma influência muito grande na futura saúde e na constituição do bebé. Depois do nascimento, o bebe é alimentado pelo colostro e leite materno, que representa a energia condensada do reino animal. Depois de surgirem os dentes a criança começa a alimentar-se de alimentos vegetais de forma a garantir um bom crescimento e desenvolvimento.
Á medida que vamos crescendo e amadurecendo, a principal fonte de energia que nos sustenta, é a fornecida pelos alimentos que comemos. A comida transmuta-se em mente, corpo e espírito. Através de uma boa selecção e preparação de alimentos, captamos a energia condensada do céu e da terra, de forma a criarmos o nosso dia-a-dia cheio de saúde e felicidade. A qualidade e funcionamento dos nossos órgãos e tecidos dependem largamente da nossa dieta. Claro que continuamos a receber energia da natureza e do cosmos, mas esta energia serve para activar e carregar os órgãos e as suas funções, células e tecidos. A comida transforma-se directamente em sangue, linfa, e outros fluidos corporais que nutre o nosso sistema e funções. Mantém a energia dos canais abertos de forma a receber a força dos ciclos celestiais e ciclos terrestres e os ritmos á nossa volta.
Além da saúde física e vitalidade, a alimentação cria a mente e espírito, determinando a qualidade da nossa consciência. Ondas vindas do Universo são canalizadas através do cérebro e sistema nervoso, sob uma forma de espiral. Cada uma das triliões de células são também um receptor atraindo vibrações da atmosfera e do nosso ambiente circundante. A nossa intelectualidade e espiritualidade são determinados pelo grau de energia que as nossas células têm capacidade de receber e armazenar. Ondas de baixa frequência e de maior comprimento de onda criam a actividade física do corpo. Ondas de alta frequência com comprimentos de ondas mais pequenos, criam os nossos pensamentos, imagens e sonhos.
Traduzido do livro “The Macrobiotic Path to total health” de Michio Kushi.
Consciência Alimentar: Combinações alimentares
O 3º episódio do Projecto Consciência Alimentar, na Quinta do Vale da Lama, abordou o tema ‘Combinações alimentares’ e trouxe como exemplo prático o plano de combinações alimentares de Paul Pitchford, que propõe refeições simples para aqueles que pretendem uma digestão plena e enzimática.
Na cozinha preparou-se uma refeição simples onde foram privilegiadas várias combinações com efeitos particulares na assimilação de nutrientes. À hora da refeição cada um compôs o seu prato para testemunhar os resultados na digestão e bem-estar.
Aqui encontram o capítulo dedicado a este tema, do livro ‘Healing with whole foods’ da autoria de Paul Pitchford.
Para leres mais sobre o 3º episódio, entra aqui.
Texto ‘The Rice Experience’; Imagens: Xana Piteira (Vale da Lama)
CONSCIÊNCIA ALIMENTAR.
Um projecto cuja fase embrionária foi desenvolvida ainda durante o período em que no Lama Village se vivia a experiência e o sonho de crescer uma comunidade assente em éticas e práticas de base ecológica, comunitária e consciente.
Com a Dieta Mediterrânica como base de referência, este projecto faz agora parte do programa mensal daqueles que trabalham, colaboram e são voluntários nas diferentes esferas do Vale da Lama. Tal como escreve a Ana no primeiro artigo sobre o projecto, ‘Entre conversas e receitas surge da horta ao prato o Projecto Consciência Alimentar que promete tornar-se um acontecimento regular para a equipa do Vale da Lama.’
O projecto arrancou com um primeiro almoço focado na ‘Sensibilização para a Dieta Mediterrânica’, e focou o seu 2ºepisódio sobre o tema ‘Alimento Cru e vivo. Nutrição e digestão‘. Tive o privilégio de ser convidada para segurar o 3º episódio, que está marcado para breve, com o tema ‘Combinações Alimentares.‘
Aqui podem aceder aos artigos sobre as duas primeiras sessões:
Sensibilização para a Dieta Mediterrânica. da autoria de Ana Marreiro
Alimento Cru e vivo. Nutrição e digestão.Escrito por The Rice Experience.
Texto ‘The Rice Experience’; Imagem ‘Vale da Lama’.
O que é a Alimentação Natural?
A Alimentação Natural é um dos principais factores que devemos ter em conta se procuramos uma vida equilibrada, ou seja, saudável, enérgica e feliz.
Aliada a noites bem dormidas (sono profundo e descansado, com um mínimo de 8h por noite, sem interrupções), exercício físico diário (adequado à nossa condição), rir e descomprimir, portanto, a uma vida social e familiar saudável e feliz, respirar e meditar, estar em contacto com a Natureza e evitar intoxicantes (drogas, medicamentos, tabaco, álcool), a Alimentação Natural ocupa um papel importante na promoção e manutenção da nossa saúde e bem-estar.
Assenta sobre um conjunto de Éticas, como a escolha de Alimentos Locais, da Época e produzidos segundo métodos Biológicos ou Biodinâmicos e exclui os alimentos processados e industrializados, os alimentos produzidos segundo métodos intensivos e não integrados e todos os ingredientes não naturais. Tem em conta questões de saúde, sendo portanto uma ferramenta personalizada, aplicada de acordo com a condição e as necessidades de cada um.
Na Alimentação Natural é privilegiado o consumo de Alimentos frescos e integrais e de Alimentos Conservados segundo Métodos Tradicionais como a fermentação natural (aeróbia e anaeróbia), a desidratação ao sol, a Conserva em Sal, a Conserva em Vinagre, a Conserva em Açúcar (mel, fruta, etc), e outros. É dada particular atenção aos alimentos lacto-fermentados não pasteurizados, que cumprem um importante papel na promoção da saúde e bom funcionamento do sistema digestivo.
Além de um forte aliado da Saúde integral, já que equilibra o organismo ao providenciar todos os nutrientes, vitaminas, aminoácidos essenciais, ácidos gordos, fitonutrientes e micro-organismos benéficos necessários, a Alimentação Natural também promove a Homeostasia. Ao privilegiar o consumo de alimentos locais, da época e biológicos, trás a energia própria da estação do ano e do local geográfico para o organismo, harmonizando-o e equilibrando-o com o meio ambiente próximo. Além disso, é Sustentável na medida em que estes alimentos implicam um menor consumo de energia na sua produção e distribuição.
Não se trata de um tipo de Dieta e não contempla restrições. Antes, distingue entre alimentos e não alimentos e tem como base a observação e integração da Natureza e das suas leis. Enquanto seres naturais, esta abordagem parece-nos a mais harmoniosa e sensata quando se trata de seleccionar o alimento que nos vai nutrir.
Texto e imagens: The Rice Experience