George Oshawa O Mestre Da Alimentação Saudável
O Sr. Ohsawa e muitas das pessoas que abraçaram a Macrobiótica, viram a Macrobiótica como uma forma de tornar o mundo mais pacifico. Este facto não corresponde com o conteúdo do seu discurso. Será que a paz no mundo faz parte da sua visão da Macrobiótica?
Herman Aihara: Nessa altura ninguém estava preocupado em mudar a dieta. As pessoas estavam interessadas na paz. Existiam milhares de movimentos pacífistas mas a Macrobiótica era a única que dava prioridade á dieta. Os movimentos pacífistas acabaram por trazer muitas pessoas á dieta.
Se disseres na rua que a Macrobiótica é sobre dieta, ninguém se interessa em mudar. Se falares no mundo cheio de paz, então é possível que haja interesse. Podes considerar este método, o método do isco. O Ohsawa usava muito isco: Para os jovens isco de um tipo; para os mais velhos isco de outro tipo. Esta é a razão pela qual os seus livros são tão diferentes, mas sempre com o mesmo fim – dieta Macrobiótica. O princípio do livro era sempre o isco.
Então porque Ohsawa estava tão focado em espalhar a dieta Macrobiótica? Porque é que ele queria que as pessoas usassem a dieta?
Herman Aihara: Ohsawa descobriu que a dieta está intimamente ligada ás bases da vida saudável. A dieta muda feitios, caracteres, pensamentos, condição física e doenças. Todos dependem da dieta.
Eu concordo. Para mim é verdade. Ele descobriu o quanto a dieta é importante, mas porque estava ele tão interessado em lançar o isco a todas estas pessoas? Qual era o seu objectivo pessoal?
Herman Aihara: porque as pessoas estavam infelizes, e para serem felizes precisavam de mudar a dieta. Nessa altura no Japão não existia comida suficiente. Ninguém se importava com a dieta. Estavam mais interessados nos governos mundiais.
Antes, ele estava envolvido nos movimentos pacífistas contra o governo, mas não se podia manifestar porque as autoridades apareciam. Ele foi várias vezes capturado pela polícia militar. Desta forma conseguiu fazer amigos entre altos dignitários e generais. Ele curou muitos generais. Ele frequentava casas nobres e tornou-se amigo dessas pessoas, dai ter conseguido protecção. Ohsawa era muito esperto. Quando estava contra a guerra, ele sabia como ter protecção. Ás vezes era mesmo muito esperto, mas essa esperteza não conseguiu parar a sua vontade própria.
Ele tentou atravessar a Sibéria de cavalo para acabar com a guerra. As pessoas pensavam, “Como é possível ele atravessar a Sibéria montado a cavalo?” Nessa altura tinha 50 anos. Esta é a razão pela qual o Tomio Kikuchi no Brasil ainda imita Ohsawa, fazendo amigos com pessoas do governo, falando-lhes da dieta Macrobiótica.
Ohsawa dizia-nos que os políticos nunca faziam a dieta Macrobiótica. Existiram alguns deles que se curaram, mas eles não ensinam as crianças nem os amigos. Ele explicava a muitos generais e pessoas da marinha e ao próprio primo do Hirohito. Vocês podem-se se curar, mas senão ensinarem pelo menos uma geração, então não perceberam o poder da dieta.
Traduzido de uma entrevista a Herman Aihara publicado na Macrotoday
Nutrir A Fertilidade E Garantir Uma Boa Gestação
Um corpo fértil é um corpo equilibrado
O equilíbrio resulta, em muito, do estilo de vida. Opções saudáveis como dormir bem, saber respirar, comer com consciência, meditar, fazer exercício físico adequado e evitar uma vida tóxica como o consumo de drogas, excitantes, tabaco, stress, etc, são hábitos essenciais se queremos ser saudáveis e equilibrados.
Podemos optar por escolhas alimentares conscientes e adequadas à nossa condição. Regras chave são a escolha de alimentos integrais, locais, da época e produzidos de forma orgânica. Métodos culinários, combinações alimentares e adequação da dieta à condição a cada momento são aspectos igualmente importantes a ter em conta.
ALIMENTAÇÃO: FERTILIDADE E GESTAÇÃO
Antes dos anos 40, a manteiga, banha e gordura de galinha eram comuns nos hábitos alimentares de muitas culturas ocidentais. Óleos de milho, canola e soja não eram consumidos e a margarina não existia. As pessoas comiam muito menos açúcar e comidas pré-feitas, e os vegetais frescos abundavam à mesa. Os alimentos de hoje, grande parte produzidos de forma extensiva e pouco natural, contêm uma grande carga de fertilizantes, antibióticos e hormonas e são altamente processados. A alimentação tornou-se um acto prático da vida moderna, que resulta em desequilíbrios nutritivos com graves consequências para a saúde. A infertilidade é uma delas.
A escolha dos alimentos adequados antes, durante e após a gravidez vai não só potenciar a fertilidade antes da concepção, suportar o desenvolvimento do feto durante a gestação, e originar leite de qualidade superior durante os primeiros meses de vida do bebé, como também vai garantir a saúde e vitalidade dos pais, em particular da mãe.
Em algumas culturas tradicionais, os homens e as mulheres jovens comem alimentos especiais durante 6 meses antes de tentarem engravidar, sabendo que quando os pais são saudáveis, os filhos têm mais probabilidades de também o ser1.
1 Anexo 1: Lista de Alimentos Saudaveis
Há vários alimentos que nos ajudam a sintonizar com a energia da criação e fortalecem a energia da raiz e portanto potenciam a fertilidade. Numa analogia directa podemos considerar as raízes e tubérculos alimentos que nutrem directamente este tipo de energia. Batata-doce, inhame, raiz de lótus, bardana, nabos, cenouras, pastinaca, rutabaga, alhos, cebolas e beterrabas são alguns exemplos, especialmente benéficos nas estações mais frias do ano.
Raíz de espargo e feijão preto são alimentos terapêuticos para fertilidade.
Alimentos concentrados e ricos em gorduras saudáveis são particularmente benéficos para o equilíbrio hormonal da mulher e são especialmente importantes para o desenvolvimento do feto. Entre eles estão o azeite virgem extra, gorduras vegetais como o óleo de côco, pêra abacate, oleaginosas e gorduras saturadas de origem animal como a manteiga e a banha de animais de pasto orgânico. O óleo de fígado de bacalhau* é particularmente benéfico, antes e durante a gravidez, assim como outros alimentos ricos em óleos essênciais2.
*Óleo de fígado de bacalhau é um excelente complemento alimentar. Rico em Vit A e D, e ómega 3. Deve ser consumido numa dieta rica em fígados e órgãos de animais de pasto. ATENÇÃO: a proporção entre vit A e vit D deve ser 20,000 para 2,000, respectivamente.
2 Anexo 2: Alimentos ricos em Ácidos gordos
Outro alimento importante é o ovo de galinha de campo alimentada de pasto biológico e não com ração, milho, soja, etc. A gema do ovo é particularmente rica. Podem ser consumidas 2 gemas por dia, no mínimo. Claras, basta uma.
A manteiga é a rainha das gorduras, em especial se for de animais de pasto orgânico e não pasteurizada. Para quem é intolerante à proteína do leite, optar por ghee3.
3 Anexo 3: Manteiga clarificada
Leite e derivados, obtido de animais de pasto orgânico e de leite não pasteurizado são também alimentos importantes. Para aqueles que são intolerantes à lactose, consumir algas, vegetais de folha verde escura e caldos de ossos (ricos em cálcio).
Outro alimento chave para a gravidez (preparação, gestação e amamentação) é o consumo de fígados de animais de pasto orgânico.
O marisco, desde que garantidamente fresco, é um excelente alimento, assim como a carne, incluindo carne vermelha, desde que de animais de pasto orgânico e sempre consumida com a própria gordura (ajuda na digestão da proteína).
Óleos de peixe (sardinha, anchovas, carapaus, salmão selvagem) e banha (de animais de pasto orgânico) são óptimos complementos ao consumo de fígados. As espinhas dos peixes são excelentes fontes de cálcio.
O óleo de côco é uma gordura saturada de origem vegetal particularmente saudável.
Os caldos de ossos (ricos em minerais e gelatina animal) são essenciais, pois ajudam na digestão, contribuem para ossos e tendões fortes e protegem o trato digestivo. Para quem tem dificuldade em digerir proteína animal, consumi-la com gelatina natural (do próprio animal) ajuda a resolver esse problema.
É importante consumir alimentos ricos em folatos: fígados, leguminosas e vegetais de folha verde.
Bebidas e condimentos lacto-fermentados não pasteurizados, como chucrute, kimchi, kwass, kefir, iogurte, entre outros, são importantes alimentos a consumir, pelos benefícios ao nível digestivo (enzimas) e reforço imunitário que trazem.
Cereais integrais, leguminosas e oleaginosas garantem uma excelente nutrição. Vegetais e frutas frescas (orgânicas, locais e da época) são essenciais para uma alimentação equilibrada, e ajudam na digestão e assimilação de gorduras e alimentos densos como a manteiga, banha e proteína animal. As fibras vegetais são mais facilmente digeridas e assimiladas quando cozinhadas, assim como frutas ricas em pectina como maçãs, marmelos, peras, pêssegos e nectarinas. Já as bagas e frutas tropicais frescas providenciam enzimas que ajudam na digestão.
A qualidade do sal é muito importante. O sal é essencial à vida, entrando em inúmeros processos metabólicos. Devemos consumir sal integral (não refinado), sem adição de iodo. O sal da nossa costa é de grande qualidade e a Flor de sal uma excelente opção.
As Causas Físicas E Psicológicas Das Alergias
Nas últimas décadas, mais e mais pessoas têm sido diagnosticadas como hipersensíveis a um número inimaginável de substâncias. As reacções alérgicas ultrapassam a alimentação, pelo de animais, pó, água, sol, etc. De um ponto de vista psicológico, estas manifestações físicas que têm tendência a se agravar, podem estar relacionadas com sentimentos de isolamento, separação, família, mesmo arrogância – incapacidade de aceitar o mundo como ele é. Fisicamente, este factores representação um fraco sistema imunitário e um mau funcionamento geral do fígado, incapaz de identificar e digerir os antigenes. (De acordo com a medicina ancestral chinesa, a arrogância, a raiva, estão ligados ao mau funcionamento do fígado, considerado o centro das emoções.)
Talvez o melhor remédio para as alergias, seja, trabalhar de forma a promover mais integração e menos isolamento. Aliado a uma dieta simples, de elevada qualidade, o fígado terá mais hipóteses de se regenerar, de forma a recuperar a capacidade de lidar com toxinas. Para acelerar o processo, quaisquer alimentos ricos em clorofila: spirulina; nabiças, agrião, couves, salsa, alho aromático, trifólio, artemisia, devem ser consumidos. Os alimentos ricos em clorofila são muito importantes, porque fortalecem o sistema imunitário, tornando o nosso templo (corpo) capaz de combater qualquer infecção.
Traduzido do livro “Healing with Whole Foods” de Paul Pitchford
De Bebé A Adulto – A Importância Da Alimentação
No útero, o feto recebe energia para sobreviver através do sangue da mãe e outros nutrientes através da placenta. Longe da força original do esperma e do óvulo, a alimentação da mãe durante a gravidez tem uma influência muito grande na futura saúde e na constituição do bebé. Depois do nascimento, o bebe é alimentado pelo colostro e leite materno, que representa a energia condensada do reino animal. Depois de surgirem os dentes a criança começa a alimentar-se de alimentos vegetais de forma a garantir um bom crescimento e desenvolvimento.
Á medida que vamos crescendo e amadurecendo, a principal fonte de energia que nos sustenta, é a fornecida pelos alimentos que comemos. A comida transmuta-se em mente, corpo e espírito. Através de uma boa selecção e preparação de alimentos, captamos a energia condensada do céu e da terra, de forma a criarmos o nosso dia-a-dia cheio de saúde e felicidade. A qualidade e funcionamento dos nossos órgãos e tecidos dependem largamente da nossa dieta. Claro que continuamos a receber energia da natureza e do cosmos, mas esta energia serve para activar e carregar os órgãos e as suas funções, células e tecidos. A comida transforma-se directamente em sangue, linfa, e outros fluidos corporais que nutre o nosso sistema e funções. Mantém a energia dos canais abertos de forma a receber a força dos ciclos celestiais e ciclos terrestres e os ritmos á nossa volta.
Além da saúde física e vitalidade, a alimentação cria a mente e espírito, determinando a qualidade da nossa consciência. Ondas vindas do Universo são canalizadas através do cérebro e sistema nervoso, sob uma forma de espiral. Cada uma das triliões de células são também um receptor atraindo vibrações da atmosfera e do nosso ambiente circundante. A nossa intelectualidade e espiritualidade são determinados pelo grau de energia que as nossas células têm capacidade de receber e armazenar. Ondas de baixa frequência e de maior comprimento de onda criam a actividade física do corpo. Ondas de alta frequência com comprimentos de ondas mais pequenos, criam os nossos pensamentos, imagens e sonhos.
Traduzido do livro “The Macrobiotic Path to total health” de Michio Kushi.
Consciência Alimentar: Combinações alimentares
O 3º episódio do Projecto Consciência Alimentar, na Quinta do Vale da Lama, abordou o tema ‘Combinações alimentares’ e trouxe como exemplo prático o plano de combinações alimentares de Paul Pitchford, que propõe refeições simples para aqueles que pretendem uma digestão plena e enzimática.
Na cozinha preparou-se uma refeição simples onde foram privilegiadas várias combinações com efeitos particulares na assimilação de nutrientes. À hora da refeição cada um compôs o seu prato para testemunhar os resultados na digestão e bem-estar.
Aqui encontram o capítulo dedicado a este tema, do livro ‘Healing with whole foods’ da autoria de Paul Pitchford.
Para leres mais sobre o 3º episódio, entra aqui.
Texto ‘The Rice Experience’; Imagens: Xana Piteira (Vale da Lama)
CONSCIÊNCIA ALIMENTAR.
Um projecto cuja fase embrionária foi desenvolvida ainda durante o período em que no Lama Village se vivia a experiência e o sonho de crescer uma comunidade assente em éticas e práticas de base ecológica, comunitária e consciente.
Com a Dieta Mediterrânica como base de referência, este projecto faz agora parte do programa mensal daqueles que trabalham, colaboram e são voluntários nas diferentes esferas do Vale da Lama. Tal como escreve a Ana no primeiro artigo sobre o projecto, ‘Entre conversas e receitas surge da horta ao prato o Projecto Consciência Alimentar que promete tornar-se um acontecimento regular para a equipa do Vale da Lama.’
O projecto arrancou com um primeiro almoço focado na ‘Sensibilização para a Dieta Mediterrânica’, e focou o seu 2ºepisódio sobre o tema ‘Alimento Cru e vivo. Nutrição e digestão‘. Tive o privilégio de ser convidada para segurar o 3º episódio, que está marcado para breve, com o tema ‘Combinações Alimentares.‘
Aqui podem aceder aos artigos sobre as duas primeiras sessões:
Sensibilização para a Dieta Mediterrânica. da autoria de Ana Marreiro
Alimento Cru e vivo. Nutrição e digestão.Escrito por The Rice Experience.
Texto ‘The Rice Experience’; Imagem ‘Vale da Lama’.
O que é a Alimentação Natural?
A Alimentação Natural é um dos principais factores que devemos ter em conta se procuramos uma vida equilibrada, ou seja, saudável, enérgica e feliz.
Aliada a noites bem dormidas (sono profundo e descansado, com um mínimo de 8h por noite, sem interrupções), exercício físico diário (adequado à nossa condição), rir e descomprimir, portanto, a uma vida social e familiar saudável e feliz, respirar e meditar, estar em contacto com a Natureza e evitar intoxicantes (drogas, medicamentos, tabaco, álcool), a Alimentação Natural ocupa um papel importante na promoção e manutenção da nossa saúde e bem-estar.
Assenta sobre um conjunto de Éticas, como a escolha de Alimentos Locais, da Época e produzidos segundo métodos Biológicos ou Biodinâmicos e exclui os alimentos processados e industrializados, os alimentos produzidos segundo métodos intensivos e não integrados e todos os ingredientes não naturais. Tem em conta questões de saúde, sendo portanto uma ferramenta personalizada, aplicada de acordo com a condição e as necessidades de cada um.
Na Alimentação Natural é privilegiado o consumo de Alimentos frescos e integrais e de Alimentos Conservados segundo Métodos Tradicionais como a fermentação natural (aeróbia e anaeróbia), a desidratação ao sol, a Conserva em Sal, a Conserva em Vinagre, a Conserva em Açúcar (mel, fruta, etc), e outros. É dada particular atenção aos alimentos lacto-fermentados não pasteurizados, que cumprem um importante papel na promoção da saúde e bom funcionamento do sistema digestivo.
Além de um forte aliado da Saúde integral, já que equilibra o organismo ao providenciar todos os nutrientes, vitaminas, aminoácidos essenciais, ácidos gordos, fitonutrientes e micro-organismos benéficos necessários, a Alimentação Natural também promove a Homeostasia. Ao privilegiar o consumo de alimentos locais, da época e biológicos, trás a energia própria da estação do ano e do local geográfico para o organismo, harmonizando-o e equilibrando-o com o meio ambiente próximo. Além disso, é Sustentável na medida em que estes alimentos implicam um menor consumo de energia na sua produção e distribuição.
Não se trata de um tipo de Dieta e não contempla restrições. Antes, distingue entre alimentos e não alimentos e tem como base a observação e integração da Natureza e das suas leis. Enquanto seres naturais, esta abordagem parece-nos a mais harmoniosa e sensata quando se trata de seleccionar o alimento que nos vai nutrir.
Texto e imagens: The Rice Experience
Torna A Tua Saúde Sustentável
Nos últimos anos, percebi porque é que o termo Macrobiótica significa longevidade. Uma verdadeira entrega à prática da Macrobiótica traz de retorno uma longevidade, que tem sido praticada por muitas pessoas por todo o mundo, de forma a promover saúde diária e bem-estar. O desafio de hoje é adaptar as práticas e princípios que foram ensinados pelos mestres do oriente, e utilizá-los em diferentes locais nas condições actuais.
Os alimentos locais são um bom ponto de partida. As cozinhas tradicionais são baseadas em alimentos locais. Existe um provérbio japonês que diz, ‘Shin Do Fu Ji’, e significa “o nosso organismo e a terra são um”. Para mantermos a nossa saúde sustentável, é importante mudarmos os alimentos que escolhemos para os que crescem localmente. Isto significa que a dieta vai estar em sintonia com o meio ambiente. O poder de nutrição e energia dos alimentos locais é incrível.
Além de comer localmente, é importante desmistificar as verdades e mitos do que significa a palavra saudável. Existem muita desinformação em relação à saúde. A questão do peso está no topo da lista. A alimentação natural é a chave para criar um peso saudável. Existem provas de que ser demasiado magro não é saudável e de que ninguém se devia restringir ao consumo de calorias. Uma dieta restritiva pode criar muitos problemas. Em vez disso, devíamo-nos focar apenas numa dieta saudável, assim como num estilo de vida saudável. Existem muitas verdades que estão a ser desencarceradas sobre o peso e a saúde. Muitas destas descobertas contradizem o estabelecido. Sugiro que visitem “Why BMI Is A Big Fat Scam” (link em baixo), para que se perceba como o índice de massa corporal está a ser usado para vender medicamentos.
A nutrição popular é outra área onde os mitos abundam. Muitas das dietas recomendadas hoje são pobres do ponto de vista nutricional. A Macrobiótica tradicional é sempre, do ponto vista nutricional, rica e abundante em nutrientes. Para otimizares a tua saúde, a melhor escolha, é sempre riqueza nutricional em vez de pobreza nutricional.
Traduzido de um texto de John Kozinski.
DENTES E GENGIVAS
A sabedoria do corpo determina quais as áreas do corpo propicias para receber os primeiros problemas de saúde, tornando as próximas manifestações mais profundas. Como as mandíbulas fazem parte do esqueleto, e os dentes precisam de tantos minerais como os ossos, problemas nos dentes e gengivas pode estar relacionado com a perda de cálcio.
De acordo com a minha experiencia, descobri que certos alimentos, parecem produzir efeitos nocivos nos dentes e no esqueleto mas mais a longo prazo. Por exemplo, alimentos ácidos como o vinagre, citrinos e tomates, quando comidos numa dieta baixa em gorduras, baixa em proteínas, pode danificar o esmalte dos dentes, podendo provocar dores. As dores de dentes parece afectarem primeiro os dentes que já têm cavidades ou cáries, mesmo que tenham sido tratados. No meu caso, quando bebi um sumo de laranja natural, todos os dias, durante um mês, um dos meus dentes sábios (o que tinha a maior cavidade), começou a doer-me abruptamente. O meu dentista não encontrou solução, a não ser arrancar o dente, procedimento no qual eu não estava preparada. Preferi tentar arranjar uma solução seguindo uma dieta “politicamente incorrecta” durante umas semanas: sem fruta, sem salada, sem vinagre, sem sumos, com bastante manteiga (de leite cru) e azeite (1ª pressão a frio) em tudo. Cheguei a exagerar no consumo de brie! Funcionou numa semana. Quando a dor desapareceu, cortei novamente nas gorduras, comendo fruta esporadicamente e saladas em quantidades modestas de molhos. Não tenho bem a certeza como funcionou, mas resultou. Eu simplesmente segui os meus instintos, no que respeita ao que senti que precisava naquela altura.
Traduzido de um texto de AnneMarie Colbin “Food and our bones”
Observação dos autores: Estas compensações feitas pela AnneMarie exigem um conhecimento muito profundo do tema alimentação. É necessário ter percorrido muitas experiencias nutricionais, para poder brincar com estes conceitos: Inyologia, acido/alcalino; hidratos/proteínas; omega3/omega6, etc. Não recomendamos de todo este tipo de experiencias, para quem tenha uma dieta sensorial e desregrada, baseada em alimentos processados. De qualquer forma, fica uma pequena dica do que tu mesmo podes fazer se começares a explorar o tema “food as medicine”.
Quantidade De Sal INTEGRAL(NÃO PURIFICADO/SEM ADITIVOS) Que Podemos Comer
Qual a quantidade de sal que podemos comer, quando é que estamos a usá-lo em demasia?
Herman: Quando temos sede, quando temos dores na zona dos rins ou quando a urina é muito amarela.
Podemos ter problemas de rins ao não comer sal suficiente?
Herman: Pode acontecer porque os rins precisam de sal. É muito importante para o nosso organismo ter sal. Esta é a principal razão pelas quais os animais seguem os humanos, para encontrar sal. Quando os animais nos seguem, eles encontram sal facilmente. Foi assim que começou a domesticação dos animais. Os animais mais inteligentes encontram sal em qualquer lado. Os carnívoros comem o sal dos outros animais, que se encontra no sangue. A maior quantidade de sal é encontrada no fígado. A maior parte dos animais carnívoros comem primeiro o fígado, por ter a maior quantidade de sal.
Quando se come muito sal, conseguimos ver-nos livres de velhos depósitos nos intestinos e fígado? Ou é necessário, nessa altura cortar no sal? Ou conseguimos a libertação desses velhos depósitos a comer mais sal?
Herman: Eu penso que o sal é armazenado no fígado. Os americanos provavelmente têm demasiado sal no fígado, proveniente dos seus hábitos antigos de comer carne. Nós sabemos que a carne tem sal, assim como a galinha e o queijo. Já têm sal armazenado, essa é a razão para que não possam comer mais. Desta forma, a dieta é sem sal, dieta que eu não posso fazer. Nós costumávamos viajar para darmos palestras e ficávamos muito fracos por causa da dieta americana.
Os americanos comem uma sopa de miso quase sem miso. Em Miami a sopa era fraca, impossibilitando-nos de produzir energia, originando a perca de apetite. O sal promove a osmose e nutrição, sendo transferido pela osmose.
Se não comeres sal suficiente, a osmose baixa surgindo problemas de nutrição, como por exemplo, quando a glicose ou a gordura ou os aminoácidos não são assimilados pelas células. Por isso ficamos fracos. Se já tiveres sal no fígado, podes manter a osmose. Por isso digo que os americanos podem comer menos sal. Os Japoneses não o têm armazenado, por isso podem comer mais sal.
Traduzido de uma entrevista de Herman Aihara
Nota dos autores: Quando falamos de Sal, não falamos de sal de mesa ou de sal grosso purificado. Estes são demasiado nocivos para a saude devido ao processo produtivo que estão sujeitos. Fica aqui dois links a explicar melhor o porquê do sal purificado ser um veneno. Mas basicamente, para fazer frente a alguns problemas de saude, adicionou-se iodo. O problema é que para tornar o sal branco de novo, é necessário incluir uma serie de ingredientes, incluindo o açucar. Arriscamo-nos a dizer que, mal de nós que os problemas de saude gerais provocados pelo sal, fossem provocados pelo sal marinho integral ou flor de sal. 99,9% dos restaurantes, hipermercados, pastelarias, etc usam o sal processado.E assim continuará, enquanto continuarmos a achar que quanto mais barato for a comida melhor.
Sugestão, como tudo o que se consome em excesso faz mal, o Sal não foge á regra. De qualquer forma consumir sempre sal sem mais ingredientes adicionados.
O Sal Quimico E a Sombra Da Hipertensão